Com restaurante fechado, estudantes precisam gastar para se alimentar. Paralisação atinge 70% dos 900 trabalhadores dos 3 campi da universidade.
Reivindicações
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Técnico Administrativos da
UFSCar (SintUFSCar), a categoria reinvindica o cumprimento de medidas
firmadas em 2012, após uma greve dos servidores, em que ficou definido
reajuste salarial de 15%, o que vem sendo cumprido.
"A questão salarial foi resolvida, mas temos outras reinvindicações",
afirmou o coordenador do sindicato, Sérgio Ricardo Pinheiro Nunes. Os
servidores pedem uma racionalização de cargos. "Auxiliar administrativo e
assistente administrativo fazem a mesma coisa, mas um ganha muito menos
que o outro", comentou.
Além disso, querem uma revisão no reposicionamento de aposentados, além
do fim da terceirização de serviços. "Esses funcionários terceirizados
ganham muito pouco, apesar do contrato com as empresas ser bem grande.
Eles precisam ser concursados", disse Nunes.
A categoria pede também a chamada democratização da universidade
porque, segundo os servidores, há uma representatividade desigual nas
comissões da instituição. "Os professores são maioria em todas as
comissões, então tudo acaba sendo definido só por eles", afirmou o
coordenador do SintUFSCar.
De acordo com ele, o Comando Nacional de Greve em Brasília continua a
pressão junto aos ministérios de Planejamento e Educação. “A gente sabe
das implicações que isso tem para a universidade, quem está na greve,
quem não está, é um desgaste conjunto com as outras categorias, com os
professores, com os alunos, mas precisamos resolver essa situação”,
disse.
Preocupação
Em nota, a administração superior da UFSCar informou que defende os
direitos dos trabalhadores e tem compromisso com o diálogo, mas também
manifestou preocupação com as consequências de mais uma paralisação.
"Mesmo que reconheçamos, como sempre fizemos, o direito dos
trabalhadores à greve, é nossa responsabilidade garantir que a
paralisação não traga danos irreparáveis à Instituição", informou um
trecho.
A universidade também informou que foram criadas váras comissões para
debate e acompanhamento de pontos específicos. "Em relação às
diretrizes, já está acordado que serão mantidas atividades relacionadas
a: situações que possam produzir perdas financeiras às pessoas;
situações que comprometam a permanência de estudantes com dificuldades
socioeconômicas; realização de concursos e processos seletivos públicos;
tratamento de animais; e atividades de capacitação e qualificação.
Também houve acordo em relação à manutenção de atividades cuja
paralisação possa expor as pessoas a riscos legais ou que tragam danos
irrecuperáveis à Universidade, restando, para a próxima reunião, o
compromisso de apresentação de outros exemplos além daqueles já
colocados pela Administração. A partir das diretrizes, ações específicas
relativas às necessidades próprias dos Centros, Departamentos e
Coordenações devem ser equacionadas no âmbito dessas unidades", informou
outro trecho da nota.
|
Seja o primeiro a comentar
Postar um comentário