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sexta-feira, 18 de abril de 2014

Greve na UFSCar completa 1 mês e alunos sofrem com falta de serviços

Com restaurante fechado, estudantes precisam gastar para se alimentar.
Paralisação atinge 70% dos 900 trabalhadores dos 3 campi da universidade.


Reivindicações
Segundo o  Sindicato dos Trabalhadores Técnico Administrativos da UFSCar (SintUFSCar), a categoria reinvindica o cumprimento de medidas firmadas em 2012, após uma greve dos servidores, em que ficou definido reajuste salarial de 15%, o que vem sendo cumprido.
"A questão salarial foi resolvida, mas temos outras reinvindicações", afirmou o coordenador do sindicato, Sérgio Ricardo Pinheiro Nunes. Os servidores pedem uma racionalização de cargos. "Auxiliar administrativo e assistente administrativo fazem a mesma coisa, mas um ganha muito menos que o outro", comentou.
Além disso, querem uma revisão no reposicionamento de aposentados, além do fim da terceirização de serviços. "Esses funcionários terceirizados ganham muito pouco, apesar do contrato com as empresas ser bem grande. Eles precisam ser concursados", disse Nunes.
A categoria pede também a chamada democratização da universidade porque, segundo os servidores, há uma representatividade desigual nas comissões da instituição. "Os professores são maioria em todas as comissões, então tudo acaba sendo definido só por eles", afirmou o coordenador do SintUFSCar.
De acordo com ele, o Comando Nacional de Greve em Brasília continua a pressão junto aos ministérios de Planejamento e Educação. “A gente sabe das implicações que isso tem para a universidade, quem está na greve, quem não está, é um desgaste conjunto com as outras categorias, com os professores, com os alunos, mas precisamos resolver essa situação”, disse.
Preocupação
Em nota, a administração superior da UFSCar informou que defende os direitos dos trabalhadores e tem compromisso com o diálogo, mas também manifestou preocupação com as consequências de mais uma paralisação. "Mesmo que reconheçamos, como sempre fizemos, o direito dos trabalhadores à greve, é nossa responsabilidade garantir que a paralisação não traga danos irreparáveis à Instituição", informou um trecho.

A universidade também informou que foram criadas váras comissões para debate e acompanhamento de pontos específicos. "Em relação às diretrizes, já está acordado que serão mantidas atividades relacionadas a: situações que possam produzir perdas financeiras às pessoas; situações que comprometam a permanência de estudantes com dificuldades socioeconômicas; realização de concursos e processos seletivos públicos; tratamento de animais; e atividades de capacitação e qualificação. Também houve acordo em relação à manutenção de atividades cuja paralisação possa expor as pessoas a riscos legais ou que tragam danos irrecuperáveis à Universidade, restando, para a próxima reunião, o compromisso de apresentação de outros exemplos além daqueles já colocados pela Administração. A partir das diretrizes, ações específicas relativas às necessidades próprias dos Centros, Departamentos e Coordenações devem ser equacionadas no âmbito dessas unidades", informou outro trecho da nota.

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